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26/09/2025 18:52
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Precoce/MS supera mil propriedades vistoriadas e consolida modernização da pecuária em Mato Grosso do Sul

Bovinos em área de pastagem Foto: Divulgação

O Programa Precoce/MS, reformulado em 2024, alcançou um marco expressivo: mais de mil estabelecimentos rurais já foram vistoriados em todo o Estado. Em pouco mais de um ano, a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) emitiu 1.023 atestados por meio de técnicos da Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Novilho Precoce (ASPNP), credenciada para validar o Protocolo Precoce em Conformidade (PPC).

O resultado chama atenção: 81% dos estabelecimentos foram classificados no Nível Avançado, sinal de que a pecuária sul-mato-grossense avança em tecnificação, sustentabilidade e alinhamento às Boas Práticas Agropecuárias.

Com a atualização, o programa passou a adotar protocolos de produção específicos para cada fazenda cadastrada, auditados por organizações associativas credenciadas. O secretário Jaime Verruck destacou que a modernização valoriza os produtores que investem em carcaças de qualidade superior e aplicam técnicas que promovem sustentabilidade ambiental, econômica e social, além de avanços em bem-estar, saúde e gestão sanitária do rebanho.

O impacto financeiro também é significativo: apenas em 2025, já foram pagos quase R$ 100 milhões em incentivos pelo abate de 828.864 animais classificados. Atualmente, o Precoce/MS reúne 673 técnicos habilitados, 2.235 propriedades cadastradas e 27 frigoríficos credenciados.

Para Rogério Beretta, secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc, o sucesso da reformulação está diretamente ligado à parceria com entidades representativas. “Um dado que merece destaque é que 81% dos atestados foram concedidos a propriedades no nível avançado. Isso garante a sustentabilidade do programa e reforça a importância da adesão ao protocolo”, afirmou.

A gestora do programa, veterinária Gladys Espíndola, explica que o Protocolo Precoce em Conformidade utiliza um checklist de 85 itens, avaliando critérios como sustentabilidade, infraestrutura e produção. Os estabelecimentos podem alcançar quatro níveis de classificação, que são: Obrigatório, Básico, Intermediário e Avançado, que influenciam diretamente no valor da bonificação paga por animal abatido. O cálculo é dividido em duas partes: metade considera o desempenho do estabelecimento e metade, a qualidade do animal.

Na visão do presidente da ASPNP, Rafael Gratão, os resultados confirmam a relevância da iniciativa. “O Precoce/MS valoriza a pecuária sustentável, melhora a produtividade e garante retorno financeiro aos produtores que alcançam níveis mais elevados de qualidade. Mais de mil fazendas certificadas demonstram que o programa deu certo e segue em um ótimo caminho”, destacou.

Angela Schafer/Informações: Semadesc

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